A importância das análises de sementes forrageiras

A importância das análises de sementes forrageiras

Diagnósticos laboratoriais de PMS, pureza, viabilidade e verificação de espécie identificam qualidade do insumo

O Brasil é líder mundial em produção, consumo e exportação de sementes forrageiras, um mercado que movimenta cerca de R$ 1,4 bilhão ao ano. Para chegar a esses números divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), foram necessários muito trabalho e tempo para a consolidação do uso de sementes de pastagem com alta qualidade.

Mesmo com muita informação a respeito da importância do valor cultural, de pureza e viabilidade/germinação das sementes forrageiras, o produtor rural ainda se depara sementes de brachiarias e panicuns são ofertadas com baixo nível de pureza.

Nesse sentido, o produtor deve ficar atendo na hora da escolha das sementes de pastagem incrustadas (com algum tipo de tratamento), como o peso de mil sementes (PMS). “Esse peso é utilizado para calcular a densidade de semeadura e para comparar diferentes tipos de tratamento e quanto isso representa de sementes dentro da sacaria”, explica Thais Cavaleti, engenheira agrônoma e técnica de sementes da Sementes Oeste Paulista (Soesp).

Técnicas

Conforme Thais, o PMS pode revelar muito sobre uma semente de pastagem. “Há aspectos que não podem ser observados a olho nu em uma semente que foi incrustada, ou seja, impurezas como palha e torrão de terra podem receber a incrustação e esconder o verdadeiro resultado de pureza do lote”, observa.

Ela alerta que “alguns tratamentos disponíveis no mercado podem apresentar o PMS muito alto, quando estão cheios de calcário ou gesso misturados nas sementes, enquanto outros apresentam PMS abaixo do padrão, porque escondem palha, sementes mortas ou daninhas, que resultam em um peso menor e indiretamente passam impressão de que o incrustamento é mais leve”.

De acordo com a agrônoma, a análise, realizada em laboratórios credenciados pelo Mapa, mostra se o produto adquirido tem alta qualidade. “A verificação de espécie, em que o tratamento da semente é removido para que o seu real conteúdo seja revelado, é a mais importante delas”, afirma.

Thais recomenda exigir o Termo de Conformidade que contém os valores reais. “É importante não contar somente com as informações das embalagens das sementes, pois nelas estão apenas os valores mínimos exigidos por lei”, orienta. “Para saber se comprou semente de verdade ou palha incrustada, basta solicitar ao laboratório as análises de PMS, pureza, viabilidade e verificação de espécie.”

Fonte: Assessoria de Comunicação Soesp